Desde maio deste ano, este tem sido o meu cantinho mais sagrado, mais aconchegante, mais desbravador de segredos da humanindade e mais apaixonante de toda a minha casa! Nossa estante, o item mais simples, que conseguimos numa barganha por sorte, nossa parte mais regular da casa, que abriga tantos objetos inimagináveis... tanta coisa maluca... dicionários, livros de ficção, comics, livros de arte, revistas tão divertidas. E zebras, e entidades, e azulejos do Bulcão, e velas, e caixas, e moringas e cds - tudo "junto e misturado" ! To parecendo Júlio Verne da bourgeoisie fazendo inventários, catalogando cada objeto de seus personagens em seus navios, reificando a vida, sem me preocupar com nenhuma ontologia...às vezes o valor concreto e material dá uma ilusão de vida ao que é abstrato. A prosa e a poesia são voláteis, mas se tornam possíveis de alcançar quando se abraça um livro ou quando se abre um encarte de cd. Hoje eu acordei meio proletariat ...