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Mostrando postagens de abril, 2011

Choro - Léo Gandelman

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(foto: Thomas Rangel) Ontem à noite fomos assistir esse maravilhoso saxofonista tocar com um baterista perfeito e sutil, característica que já vi faltar  em muitas apresentações, "diretamente do Leme, Renato Massa", como disse o Léo no meio do show apresentando os músicos. Acompanhados do baixista gaúcho,  Guto Wirtti,  e do sagaz violonista Gabriel Improta, que já acompanharam muita gente importante pelo mundo afora e fazem carreira divulgando muito da  música brasileira por aí. Esse show foi diferente em tudo, em relação a qualquer outro que já assisti lá no Clube do Choro . Diferente por causa dos instrumentos, e isso é maravilhoso, simplesmente enriquecedor poder assitir instrumentos como sax e baixo acústico ao vivo. Diferente também em termos musicais, os músicos misturaram simplesmente samba, com jazz, com blues, com MPB... não sei como fizeram isso. Eu não estou falando de repertório, uma música de samba, outra de jazz.  Não. Na mesma música, ao mes

Plantas - manjericão

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A segunda planta-tempero que comecei a cultivar na kit foi  o  Ocimum gratissimum , vulgo manjericão. Italianos costumam chamar o manjericão de "erva rainha" -  erba regina, costume anterior, de gregos e hindus. Ele também foi amplamente  cultivado no Egito, e até hoje em vários países latinos ele é creditado a função de proteger o corpo para a vida e para a morte, isso vem dos gregos e romanos que o utilizavam em  rituais funerários, como aromatizador sagrado. Em outros contextos, para os mesmos povos  greco-romanos, ele também era associado com erotismo.  Hoje em dia o manjericão é utilizado até mesmo como  planta ornamental no paisagismo e decoração de ambientes. Essa planta com  certeza é uma carta na manga até para melhorar  o sabor  de qualquer sanduíche. Ela também vai bem com qualquer, pizza e pratos que tenham molho de tomate como base. Algumas marcas de molho de tomate já trazem a variação com manjericão para economizar o tempo do cozinheiro. É claro que

Plantas - alecrim

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Desde que comecei a estudar culinária percebi a grande diferença entre uma receita com ervas ressecadas, e industrializadas  e a mesma receita com as mesmas ervas frescas... parecem pratos diferentes. Não acho nem um pouco ruim a comida com as ervas secas, na verdade, até 2008 eu nem sabia distinguir uma da outra. A partir daí eu comecei a aprender sobre o cultivo dessas plantinhas e percebi que em Brasília, mesmo com o clima seco e quente, bem frio nas noites de inverno, mesmo em uma kit sem varanda, plantar alecrim me parecia fácil. Alecrim fica uma delícia com quase qualquer  assado. Batatas, cenouras e cebolas assadas com alecrim salpicado  por cima foi uma das minhas febres. Descobri o milagre do sabor mais tarde também, em sopas e cremes - eu simplesmente sou louca por sopas, caldos e cremes. Nos churrascos o alecrim aromatiza a  comida, se jogado por cima do carvão. O ambiente mesmo muda de  clima. Uma mistura da qual alguns não são muito fãs, ma

o bicho-planta voou

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Agora estou me sentindo muito diferente de vários anos atrás...  me sinto quase como me sentia  em 2003, no meu segundo ano de UnB. Um conforto de  habitar uma alma de estudante, descobrindo muitas coisas ao mesmo tempo, mergulhando intensamente em tantas áreas... estou encantada com meus estudos de música, e  talvez mais ainda com minha imersão no mundo da crítica  literária... conhecer Terry Eagleton, Erich Auerbach,  Alfredo Bosi, Antônio Cândido... ter acesso a tantos vieses de raciocínio e visões múltiplas de literaturas tão diversas pelo mundo realmente me encanta e me faz planar por cima de verdes campos que vejo melhor agora, sobrevoando-os... Quando estudei literatura nos meus cursos de Letras (inglês  e francês) eu realmente era uma desbravadora, com um facão na mão, cortando capim e galho e folha para conseguir me embrenhar dentro daquela natureza que é a da literatura,  sentar lá dentro, e esperar os besouros subirem em mim, e as cobras enroscarem, os espinhos me perfura

Choro - Marco Pereira e R. Caetano

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Esse foi um duo de vilões muito harmonioso, daqueles que  a gente vê que os músicos se dão muito bem juntos, entregues. Infelizmente nesse dia eu estava DETONADA do trabalho e não pude apreciar a segunda parte do show, depois do intervalo. Mas a primeira já foi muito proveitosa. Inclusive o show era uma bela divulgação do livro-método deles 2. Muito agradável mesmo. Mas como eu não estava com  muita cabeça para relaxar e ouvir direitinho, eu estou  agora a procurar mais músicas deles e realmente investir. O que uma pilha de redações para corrigir, outra de provas e um pouquinho de dor nas costas não faz com uma noite? Um pouco da história desses maravilhosos músicos para vocês: Marco Pereira  é músico violonista, compositor e arranjador. Possui expressiva discografia e mantém intensa atividade como solista, tanto nos Estados Unidos, Ásia, quanto na Europa, onde se apresenta regularmente. Mestre em Violão pela Université Musicale Internationale de Paris e Mestre em Musicologia pela

Choro - Wagner Tiso e M. Malard

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"Duo de piano e violoncelo" - sublime. Eu acho que nunca tinha ido a um show só com violoncelo e piano. Já fui a variadas de apresentações de orquestra, a inúmeros  recitais de piano e pianos durante e depois dos meus 11 anos de conservatório. Já fui  pelo menos umas 20 apresentações de bandas  com violoncelo participando e a muitas performances solo desse instrumento. Mas piano e violoncelo juntos, acredito que tenha sido realmente a primeira vez. O que eu mais gostei na apresentação desses  dois foi a escolha do repertório da noite. Extremamente popular, sambas e bossas lá de antes de eu nascer, músicas eternas que significam coisas diferentes para cada uma das pessoas. Vinícius e Jobim comandando a sequencia e algumas músicas próprias, compania do Gaspa na nossa mesa e um encontro inesperado me fizeram quase que um carinho relaxante no dia mais  estressante da minha semana.  "Eu sei que vou te amar" foi o momento mais  quebra-perna de todos para mim. O que aqu

Choro - Sebastião Tapajós

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Esse cara foi o primeiro que me fez tirar uma  frase famosa minha de dentro da minha boca. Não posso mais dizer que não gosto de firulas. O cara é um monstro no violão e tem a manha de fazer as firulas mais virtuosas e sensacionais que eu já ouvi nessa vida. Lindo! Lindo! Lindo! Na apresentação dele no clube, ele estava acompanhado dos dois violonistas do Choro Livre, o grupo de choro do Clube do Choro de Brasília, Henrique Neto e Rafael  dos Anjos, que eu sempre gostei de assistir. Um pouco sobre o Sebastião Tapajós para vocês: "Paraense de Santarém,  Sebastião Tapajós  começou a estudar violão aos nove anos de idade, tendo o pai como professor. Mudou-se para Belém e depois para o Rio de Janeiro, continuando os estudos de violão clássico. Em 1964 foi para Portugal, onde se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa. Estudou na Espanha com o famoso mestre Emilio Pujol, formando-se no Instituto de Cultura Hispânica. Depois de completar os estudos, voltou ao Brasil p