Postagens

Mostrando postagens com o rótulo splashing hermeneutics

Os degraus

Imagem
"Não desças os degraus do sonho   Pa ra não despertar os monstros.  Não subas aos sótãos - onde  Os deuses, por trás das suas máscaras,  Ocultam o próprio enigma.  Não desças, não subas, fica.  O mistério está é na tua vida!  E é um sonho louco este nosso mundo..." (Mario Quintana) ... porque é bem por aí que eu to tentando manter minha cabeça esse ano, se livrar da ansiedade dos desafios é das tarefas mais duras ... vamos com calma,  um degrau após o outro.
Imagem
Um dos melhores que já li, acabei de lê-lo há 10 minutos. Recomendo para quem gosta de contos afiados e cortantes sobre um mundo real, sobre um mundo cão. Bruto, ácido e belo. Rubem Fonseca, não vai me decepcionar NUNCA. Nunca mesmo.
Eu sou uma pessoa que quer exatamente o que a maioria das pessoas quer... e que gosta das coisas que a maioria das pessoas gosta. E que sonha no futuro com as mesmas coisas que a maioria das pessoas sonha. Talvez eu não me irrite exatamente com as mesmas coisas que irritam a maioria das pessoas, mas se for, é só essa a diferença mesmo... Nascemos numa era na qual é cobrado de nós sermos iguais em uns aspectos e diferentes em outros... difícil é ser diferente das pessoas no que a maioria acha que todo mundo tem que ser igual, e ser igual onde se é cobrado ser diferente. (05/01/2011)

2011 - o ano dos desafios

Imagem
Esse ano foi um ano que quebrou na minha vida algumas rotinas, mesmices e estabilidades que me acompanhavam há 5 anos, no mínimo. Esse ano me arrisquei algumas vezes em projetos dos quais antes tinha receio, como por exemplo, apresentar num seminário, ao invés de participar dele assistindo. Eu sempre quis apresentar e quando finalizei meu projeto de iniciação científica, em 2003, cheguei a apresentar meu trabalho várias vezes em congressos e ciclos de palestras de Literatura. Depois de um tempo afastada do meio acadêmico, inserida no mercado de trabalho de corpo e alma, voltei a participar de congressos, encontros, etc, mas não me sentia nem com vontade e nem preparada o suficiente para dar um mini-curso, ou uma palestra nesses ambientes. Eu estava na fase do mais puro encantamento da recepção. E nesse lance de recepção você acaba aprendendo muito, mas é também muito confortável não se expor tanto. Esse ano veio com tudo e já começou me dando uma coisa de volta da...

Ready.

Imagem
Estou pronta. É esta a hora de ler Wittgenstein.

Connectée

Imagem
Novembro chegou na calmaria da espera... a espera que já foi frenética, histéria, ansiosa, obsessiva... é agora conexão. Novembro chegou em trote manso, no ritmo da valsa, um pé após o outro, sem pressa. Com cuidado, ainda esperando, ainda com muita expectativa, ainda com tensão. Mas uma tensão leve, uma tensão de um fio bem forte, bem firme. Só mais 30 horas. Só mais trinta horas. Chega a hora de cuidar da vida, não dá mais pra ficar esperando os minutos se passarem, como esses últimos dias. Que venha o melhor motivo.

Estante

Imagem
Desde maio deste ano, este tem sido o meu cantinho mais sagrado, mais aconchegante, mais desbravador de segredos da humanindade e mais apaixonante de toda a minha casa! Nossa estante, o item mais simples, que conseguimos numa barganha por sorte, nossa parte mais regular da casa, que abriga tantos objetos inimagináveis... tanta coisa maluca... dicionários, livros de ficção, comics, livros de arte, revistas tão divertidas. E zebras, e entidades, e azulejos do Bulcão, e velas, e caixas, e moringas e cds - tudo "junto e misturado" ! To parecendo Júlio Verne da bourgeoisie fazendo inventários, catalogando cada objeto de seus personagens em seus navios, reificando a vida, sem me preocupar com nenhuma ontologia...às vezes o valor concreto e material dá uma ilusão de vida ao que é abstrato. A prosa e a poesia são voláteis, mas se tornam possíveis de alcançar quando se abraça um livro ou quando se abre um encarte de cd. Hoje eu acordei meio proletariat ...

life in October

Imagem
ler ler ler ler ler ler ler ler ler e ler mais!

alô, produção!

Imagem
Produtividade em alta esse ano! Benzadeus, que continue assim! Partiu mais e mais e mais e mais! Em breve posto uns beliscos por aqui.

falem mais e mais, Shohat e Stam

Imagem
Se eu pudesse dividir o mundo em 2, moraria na parte onde a leitura desse livro é obrigatória antes de qualquer estupro cultural. Livro bom para tomar cuidado na hora de pagar pau  de um dos "sistemas cruéis" mais mocados e enfiados goela abaixo desde que somos pequenos, talvez desde o momento em que nascemos e eu só tinha desconfiança dele, mas muito leve. A partir de hoje para mim, O MUNDO NÃO SE DIVIDE,  muito menos em "Europa e os outros" isso é só uma idéia que metem na gente por todos os nossos mais sensíveis orifícios...

praticar que é bom, nada...

Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca." (Antoine de Saint-Exupéry )

O agora

Imagem
E lá de cima das nuvens eu me imagino depois de degustar um cappuccino italiano  num autêntico e famoso café parisiense, bem ali no meio de ao lado da vendinha vietnamita, quando sem querer deixo cair minha luva preta de couro sintético egípcio. Depois de pegar a luva desse mesmo chão sujo, pavimentado por mão-de-obra haitiana, eu cruzo as pernas com meus lindos scarpins, de modelo boneca, confortável para a turista passear... made in China, igualzinho o original. Depois de pagar a conta com meu cartão americano, checar meu batom natureba holandês, milimetricamente rente aos lábios, e meu cachecol de seda tailandesa, comprado numa  de várias idas ao Coven Garden... made in Taiwan  a 1 centavo a hora... hmmmmm! Depois de entrar na Gare du Nord para comprar uma  passagenzinha no Eurostar e ser atendida por um lindo marroquino, que me olha com desconfiança por não ter certeza de onde sou... vou até a lojinha de conveniência  e compro jornal de um indiano...

Antonio Candido

Imagem
A sua inteligência me assusta.

UN-LESS

Imagem
"But we're never gonna survive unless We get a little crazy... No we're never gonna survive unless We are a little... CRAZY!" (by Seal) como é, Dona Alanis,  vai ficar cantando minha alma a vida toda, é?

planning

Imagem
As if planning worked... as if planning worked... (but planning helps...) as if planning worked. I never stick to my plans,  on purpose. I never stick to my plans, Never mean to. I never stick to my plans, I feel stupid when I do. Why do I always change my plans, why do I never follow them completely? Why? Why? Why? I always plan, but intuition always changes it all. Will it be like that this time again? This is my last call.

porque A sou

Imagem
Da força que é ser eu, dentro de mim: MULHER eu me sinto simplesmente o tempo todo. Apesar de pensar e sentir que governo minha vida  como um homem o faz, livre de qualquer chicote, trabalho com o que quero, estudo o que me  interessa, corro contra o que eu tiver vontade e destruo, e varro, e limpo, e reformo, construo o meu, o que me importa, compro, enfeito, "deixa que eu faço"... apesar de tudo isso...  nunca consigo me esquecer do quanto eu me sinto mulher. Selvageria De tudo o que eu já li sobre essas coisas da mulher selvagem que minha bisavó tanto quis que eu aprendesse, de seguir instintos, de agir por sede de vida, de correr do que faz mal e de quem faz mal... sempre me senti muito, mas muito selvagem...  e essa, sinto muito, e me sinto muito bem, sou eu, Nina: Hipocrisia? Não, brigada. Moro e durmo com quem eu tenho vontade e antes disso quando não sabia com quem eu gostava de dormir eu dormia com quem eu bem entendesse, nunca me mal...

o bicho-planta voou

Imagem
Agora estou me sentindo muito diferente de vários anos atrás...  me sinto quase como me sentia  em 2003, no meu segundo ano de UnB. Um conforto de  habitar uma alma de estudante, descobrindo muitas coisas ao mesmo tempo, mergulhando intensamente em tantas áreas... estou encantada com meus estudos de música, e  talvez mais ainda com minha imersão no mundo da crítica  literária... conhecer Terry Eagleton, Erich Auerbach,  Alfredo Bosi, Antônio Cândido... ter acesso a tantos vieses de raciocínio e visões múltiplas de literaturas tão diversas pelo mundo realmente me encanta e me faz planar por cima de verdes campos que vejo melhor agora, sobrevoando-os... Quando estudei literatura nos meus cursos de Letras (inglês  e francês) eu realmente era uma desbravadora, com um facão na mão, cortando capim e galho e folha para conseguir me embrenhar dentro daquela natureza que é a da literatura,  sentar lá dentro, e esperar os besouros subirem em mim, e as co...

you complete me, too.

Imagem
Depois de ler esse livro e descobrir que exatamente TODAS as minhas impressões de poesia estão dentro dele, eu o considero parte de mim. Obrigada, Senhor Bosi, por fazer um livro tão bonito e incutir em seus leitores uma grande esperança no futuro da produção artística, não só de poesia, mas também de várias artes. =) Leitura imperdível.

domingo

Imagem
Domingo tem um gosto diferente... mas domingo é só amanhã. De segunda a sexta eu tenho mil obrigações e é tudo muito rápido. Tenho 7 turmas na escola, tenho 3 alunos particulares (uhu! isso me dá bastante dinheiro), estudo gaita no Clube do Choro, faço curso de Teoria Literária e Crítica. Tenho que ler pelo menos 200 páginas por dever de casa e analisar poemas, contos, autores. Tomo conta do meu vô na hora do almoço. Almoçar com ele é o prêmio do dia! Mil risadas do velhinho mais engraçado das galáxias. Ele vai bebericando sua dose de cachaça e petiscando eternamente em seu prato de legumes, arroz, feijão, carne e salada, enquanto discorre sobre Roriz, Niemeyer, ditadura do Brasil, 2012 e o fim do mundo, o hábito de beber cachaça, a super idade que ele tem... (completou 82 anos anteontem). Além disso ainda tenho que encontrar tempo para curtir showzinhos no Clube c/ o amor -  na 4ª (eu entro de graça  por ser aluna), dar aquela fugidinha rápida para o temaki e por a convers...

das coisas que eu nunca falei

Imagem
Tem coisas que eu nunca disse. Algumas delas eu já tive vontade, e não disse porque acho ridículo alguém dizer ou pensar. Outras eu nunca quis dizer, pelo mesmo motivo. Ontem eu estava pensando em por que eu tenho tanto pudor com a fala. Eu não brigo como as outras pessoas de um jeito comum, eu não ameaço, eu não xingo. Quer dizer, é muito difícil conseguir me fazer agir assim, mas tem gente que consegue. Quem quis, nunca conseguiu. Nunca teve muita resposta.  Eu às vezes considero que tive uma briga com alguém, e a pessoa nem fica sabendo. Mas mentalmente ela ta na beira do precipício da minha vida... Dou muito tempo ao tempo, dou muito tempo para o outro. E acho meio ridículo tratar adulto como um neném... "Olha, Fulaninho, num pode fazer isso que vc faz, sabe? Nenhum ser humano pode, é meio ridículo, você num tem amor próprio? Seja classudo, não diga mais besteiras, tá bom? Promete pra Tia? ok..." Eu dou tempo pra pessoa se tocar sozinha. Pode ser um momento...