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Mostrando postagens de setembro, 2011

Os rastros de Lilith

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todo tilintar das unhas na taça que se ouve no ar, todo gargarejo das garrafas que derramam Pinot Noir, toda luz apagada e todas as horas de amor e de cama, toda labareda de vela, toda santa em pecaminosa chama. tudo que sai de mim ao encontro do mundo. toda folha seca recém-molhada de chuva, todas as patas sujas dos cachorros da rua, todo farfalhar das árvores da São Bento, tudo o que é paz e tudo que é tormento. tudo o que sai de mim encontra o mundo. todo o planeta com suas almas sujas e algumas benfeituras. toda a música noturna e o pouco ar dos meus pulmões... todo amor nascido em mim, do último ao primeiro. toda as camas suadas e as leituras de Camões. o mundo sai de mim e encontra o todo. toda a gritaria das crianças que têm medo do escuro, toda pomba branca de igreja fria, que a fé alimenta, todas as freadas dos carros no asfalto cinza e duro,.. todo o brilho da lua e a força da água violenta. eu sou de mim, eu sou do mundo, eu sou da noite. (25

my empire of dirt

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I hurt myself today to see if I still feel I focus on the pain the only thing that's real the needle tears a hole the old familiar sting try to kill it all away but I remember everything what have I become? my sweetest friend everyone I know goes away in the end and you could have it all my empire of dirt I will let you down I will make you hurt I wear this crown of thorns upon my liar's chair full of broken thoughts I cannot repair beneath the stains of time the feelings disappear you are someone else I am still right here what have I become? my sweetest friend everyone I know goes away in the end and you could have it all my empire of dirt I will let you down I will make you hurt if I could start again a million miles away I would keep myself I would find a way Johnny Cash

Cry

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It's good to remember how important tears can be.
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Bacanal (de Manuel Bandeira) Quero beber! Cantar asneiras No esto brutal das bebedeiras Que tudo emborca e faz em caco... Evoé Baco! Lá se me parte a alma levada No torvelim da mascarada, A gargalhar em douro assomo... Evoé Momo! Lacem-na toda, multicores, As serpentinas dos amores, Cobras de lívidos venenos... Evoé Vênus! Se perguntarem: Que mais queres, além de versos e mulheres? - Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!... Evoé Baco! O alfange rútilo da lua, Por degolar a nuca nua Que me alucina e que não domo!... Evoé Momo! A Lira etérea, a grande Lira!... Por que eu extático desfira Em seu louvor versos obscenos, Evoé Vênus!

flores

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Que dia não começa bem com uma janela como essa?
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"Dos amantes dichosos hacen un solo pan, una sola gota de luna en la hierba, dejan andando dos sombras que se reúnen, dejan un solo sol vacío en una cama. De todas las verdades escogieron el día: no se ataron con hilos sino con un aroma, y no despedazaron la paz ni las palabras. La dicha es una torre transparente. El aire, el vino van con los dos amantes, la noche les regala sus pétalos dichosos, tienen derecho a todos los claveles. Dos amantes dichosos no tienen fin ni muerte, nacen y mueren muchas veces mientras viven, tienen la eternidad de la naturaleza." (Ah, Neruda... explica mais)
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O amor é aquilo fácil que leva os aspectos ruins da vida pra longe da gente, e é aquilo difícil que leva os aspectos bons da vida pra perto da gente.

A tristeza de Steiner

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"C hardin completou  Le Philosophe lisant  no dia 4 de dezembro de 1734. Acredita-se que se trate de um retrato do pintor Aved, amigo seu. O tema de um homem ou uma mulher lendo um livro aberto sobre uma mesa é comum de se encontrar e constitui quase que um subgênero dos quadros de interiores domésticos. A composição de Chardin tem antecedentes nas iluminuras medievais onde a figura de São Jerônimo ou de algum outro leitor já é, ela mesma, sugestiva do texto que ilumina. O tema permanece muito apreciado ao longo do século XIX (como comprovam o famoso estudo de Baudelaire lendo, de autoria de Courbet, ou os vários leitores retratados por Daumier). Porém o tema do  lecteur  ou da  lectrice  parece ter gozado de maior prestígio nos séculos XVII e XVIII (...). Tomado isoladamente, portanto, ou em seu contexto histórico,  Le Philosophe lisant  representa um tema comum, convencionalmente tratado. Entretanto, se o analisarmos com relação à nossa época e nossos códigos afetivos, a

Give me all the alphabet!

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(photo: Buenos Aires, 2010) I hate to be so amorous, I wish it was anonymous, At least I'm not blasphemous, though my heart's burglarious... Baby, you are cryptogamous, you make me so carnivorous, If I control it is disastrous, 'cause love is dead delirious. You, love, you're so eximious, your ways are so erogenous. Before you I was flirtatious, Before you I was fastidious... Now, I feel so gratuitous, And I've become so generous... My delirium is humongous, My poem is homophonous Your music is infectious, My fight is innocuous. Sometimes one feels so jealous, One may forget life is that joyous Oh man, you are lascivious You put me libidinous Your voice is so melodious, Your tones are so malicious, Your intelligence is notorious, Your thoughts are nutritious, What I want from you is obnoxious, My imagination is outrageous If you are presumptuous I will be more pretentious Even when you are querulous And make yourself quadrumanous I cannot be rebelli