Choro - Wagner Tiso e M. Malard


"Duo de piano e violoncelo" - sublime.
Eu acho que nunca tinha ido a um show
só com violoncelo e piano. Já fui a variadas
de apresentações de orquestra, a inúmeros 
recitais de piano e pianos durante e depois
dos meus 11 anos de conservatório. Já fui 
pelo menos umas 20 apresentações de bandas 
com violoncelo participando e a muitas
performances solo desse instrumento. Mas piano
e violoncelo juntos, acredito que tenha sido realmente
a primeira vez.

O que eu mais gostei na apresentação desses 
dois foi a escolha do repertório da noite. Extremamente
popular, sambas e bossas lá de antes de eu nascer,
músicas eternas que significam coisas diferentes para
cada uma das pessoas. Vinícius e Jobim comandando
a sequencia e algumas músicas próprias, compania do
Gaspa na nossa mesa e um encontro inesperado me
fizeram quase que um carinho relaxante no dia mais 
estressante da minha semana. 

"Eu sei que vou te amar" foi o momento mais 
quebra-perna de todos para mim. O que aquelas mãos
me disseram e me pediram pra entender, bem naquela frase,
bem naquela música que me causava medo... a confirmação
de certeza de tudo o que eu mais temo em acreditar... os 
beijos e todo o resto. Não aguentei. Chorei lá, em meio às
pessoas, os amigos e o meu amor. Foi com certeza a 
interpretação dessa música mais bela que eu já ouvi na vida.
E essa é uma música que se ouve várias e várias vezes durante
a vida... é um ícone, uma bandeira quase. Foi o suspense do início
no piano e mais o clímax no violoncelo no antepenúltimo verso 
da poesia que mais arrasaram em toda a melodia.
Bravo! Bravo! Bravo!

Um pouco da história desses fantásticos músicos



Wagner Tiso

Compositor, instrumentista e arranjador, Wagner Tiso é mineiro de Três Pontas, Minas Geraes. Começou sua carreira muito jovem, integrando com Milton Nascimento o conjunto Luar de Prata em seguida os W's Boys, com Milton como crooner. Nos seus mais de 40 anos de carreira está à vontade tanto no jazz como à frente de uma orquestra sinfônica (como solista e como regente), assim como na música popular brasileira.
Tocou com duos, trios, quartetos, e é um dos mais requisitados arranjadores do país. Têm 30 discos gravados, quase todos lançados também no exterior, e apresenta-se nas grandes casas de concertos do mundo. Uma de suas mais festejadas atividades é a composição para cinema, teatro e televisão, com vários prêmios nos principais festivais de cinema no Brasil.
Há  alguns anos se dedica à música sinfônica, compondo suítes e choratas, e realizando concertos em diversas cidades do Brasil e de alguns países da Europa. Apresenta anualmente concertos no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Coordena também a série MPB/JAZZ com a Orquestra Petrobrás Sinfônica e apresentações de solistas da MPB e grandes nomes internacionais.
(fonte:clubedochoro.com.br)

Márcio Malard

É seguramente um dos violoncelistas brasileiros que mais ocupou uma cadeira de primeiro violoncelista de uma orquestra sinfônica.  Tem 37 anos à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira, com a qual excursionou a Europa, Estados Unidos e Canadá. Tocou nas mais famosas salas de concerto do mundo, entre elas Carnigie Hall, Concertgebow, Salle Pleyl, Queen Elisabeth Hall. Participou no Japão nas turnês da World Phillarmonic, sob a regência do Maestro Sinopolli, e como membro do quarteto Guanabara. Foi fundador do "Rio Cello Ensemble" com o qual excurcionou pela Europa comWagner Tiso. Sua versatilidade também na música popular proporcionou encontros com grandes expressões artísticas como Tom Jobim, Maria Bethânia e Caetano Veloso.
(fonte: clubedochoro.com.br)


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