Choro - Léo Gandelman

(foto: Thomas Rangel)

Ontem à noite fomos assistir esse maravilhoso saxofonista tocar
com um baterista perfeito e sutil, característica que já vi faltar 
em muitas apresentações, "diretamente do Leme, Renato Massa",
como disse o Léo no meio do show apresentando os músicos.


Acompanhados do baixista gaúcho, Guto Wirtti, 


e do sagaz violonista Gabriel Improta, que já

acompanharam muita gente importante pelo mundo

afora e fazem carreira divulgando muito da 

música brasileira por aí.


Esse show foi diferente em tudo, em relação a

qualquer outro que já assisti lá no Clube do Choro.

Diferente por causa dos instrumentos, e isso é

maravilhoso, simplesmente enriquecedor poder

assitir instrumentos como sax e baixo acústico ao

vivo. Diferente também em termos musicais, os músicos

misturaram simplesmente samba, com jazz, com blues,

com MPB... não sei como fizeram isso. Eu não estou

falando de repertório, uma música de samba, outra de jazz. 

Não.
Na mesma música, ao mesmo tempo, e não em partes

distintas da peça, mas naquele mesmo minuto de música, era 

possível reconhecer com precisão 2 pegadas musicais diferentes

perfeitamente encaixadas e fazendo MUITO SENTIDO.

Isso foi simplesmente magnífico, Outra coisa que me encantou

foi a interação entre os músicos que estavam lá ontem. 

Isso transmite tanto para o público... divino.

Um pouquinho da história do Léo Gandelman para 

deixar registrado aqui e eu poder me lembrar com detalhes 

desse dia tão bonito.

"Na verdade, Léo Gandelman ultrapassa as fronteiras entre clássico e popular a 

bordo da qualidade de seu saxofone, conferindo um grau avançado 

de apelo e emoção pop às peças de concerto e, por outro lado,

exercitando o talento na interpretação, na pureza e na precisão do 

som na musica popular e instrumental.

Premiadíssimo, sinônimo de instrumentista no Brasil, compositor, arranjador e intérprete, Léo Gandelman
 lança agora selo próprio, o SAXSAMBA, inaugurado com seus dois discos mais recentes. E nestes dois
 discos, essa explosão de talento fica ainda mais clara.
Radamés e o sax, lançado em 2006 no centenário de 
nascimento do compositor e relançado em 2010, 
mergulha no universo de Gnatalli, 
um criador genial que não apenas atravessou barreiras entre popular e erudito: 
Radamés não via qualquer fronteira entre os gêneros. 
Entre as peças para sax queLéo Gandelman registrou estão sambas, 
choros, valsas e canções, com a sofisticação de quem, 
como diz Henrique Cazes na apresentação do disco, 
“desenhou uma linguagem moderna para o sax brasileiro”. 
O disco tem Léo Gandelman como solista à frente de 
formações que incluem piano e acordeom 
(Marcos Nimrichter, Maria Teresa Madeira), baixo (Omar Cavalheiro), 
cavaquinho e guitarra (Henrique Cazes), 
bateria e percussão (Oscar Bolão), violão de sete cordas (Marcello Gonçalves) 
e a participação especialíssima de Zelia Duncan na 
faixa Saudades de Alguém, 
parceria do mestre Radamés com letra de Paulo Cesar Pinheiro.
Em Origens, recém-gravado, Léo Gandelman mergulha ainda mais fundo 
nesse comprometimento com a fusão de conceitos. 
Diz o jornalista João Luiz Sampaio na apresentação do disco: 
Léoselecionou para o álbum compositores fundamentais 
da música de concerto brasileira no século 20 – Villa-Lobos, 
Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e 
Radamés Gnatalli – e o francês Jacques Ibert. Além do momento histórico, 
há uma característica comum que os une de maneira particular: 
a liberdade com que trabalharam os mais diferentes 
materiais musicais na criação de suas obras, desde elementos 
do folclore e da música popular até os principais g
êneros da tradição musical ocidental”. 
Sendo a música clássica a referência das raízes 
familiares – filho do maestro Heinrich e da 
pianista e professora Saloméa – e tendo as interpretações 
com orquestra e em duo com piano pontuado desde 1999 a carreira, 
Léo agora se debruça com muito conforto sobre essas peças, 
com a profunda alegria de, ao mesmo tempo, 
se reencontrar e se reinventar."
(Fonte: clubedochoro.com.br)

outra coisa especial: hoje descobri que um colega meu
da aula de Teoria II de quarta-feira, que me ajuda nos exercícios
de campo harmônico Maior é garçom no Clube há quase 8 anos. =)

Comentários

Anônimo disse…
Valeu Nina
Obrigado pelo Feedback !!!
Assim vale a pena
bj
Leo
Henrique disse…
Leo querido

Recebi telefonemas sobre a delicadeza de seu concerto. O público brasiliense, me parece, tem aprimorado, tem refinado sua sensibilidade.
Gostou, também, do histórico apresentado antes do show.
Ficaram encantados com sua trajetória. Pra dizer o mínimo, muito fértil.
Sobretudo pela naturalidadee ao transitar entre erudio e popular.
Acho que você é o cara!!
Vou estudar uma maneira de convidá-lo para estar com Reco do Bandolim e CHORO LIVRE numa dessas missões estrangeiras. E, pedir a Deus que fortaleça sua generosidade para admitir essa parceria...
Abraço Fraternal.
Reco do Bandolim
Dandalunda disse…
É uma honra!
Volte mais vezes à Brasília,
por favor!

Postagens mais visitadas deste blog

novos ares, novo layout!

Barrabás - "A Casa dos Espíritos" (Allende)

é tempo de diospiro!!!!!!!!!!!!