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Mostrando postagens de outubro, 2014

Língua Peregrina

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Língua peregrina que quase nada fala,  mas passeia, em silêncio, por todas as felinas. Fora do quarto,  a língua é ferina, a proferir injúrias, sobre a alma feminina. Sua língua suína espuma de ódio, beijando doce, as bocas, salivando proteína. Língua viva, língua viperina... que faz da nossa carne fiel inquilina. Língua morta, perigosa serpentina... carbonizará outras fêmeas  em maligna gasolina. Morda a língua antes de se dirigir a mim. Pois sua língua cretina não mais me convence assim.

Primeira

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Foi sem plano, sem idealização, sem crença, Meu corpo se fez vivenda, e você se fez ali. Deixei para trás meus disfarces e máscaras, e Com seu pai me deitei nas verdades da noite. A hora foi propícia, mas jamais entenderei como, A noite era bela, mas não mais que outras noites, Foi nesse dia que você, ali, se inventou... e eu lembro. Não de você, mas me lembro daquele quarto crescente. Desde que você mora aqui que eu não sinto o meu vazio. Você me leva embora, à noite, pelas mil veredas de Morfeu. E me detém lá, onde enxergo os meus medos... e me olha. E faz eu olhar para mim e ver meu oceano de coragem. Eu já vi seus pés, seu rosto, seu corpo, suas mãos, Agora vivo a farejar, procurando seu cheiro, filha, Minhas mãos agarram o nada, te procurando no ar. E o Tempo é todo meu, para tocaiar suas arte-manhas.