Primeira
Meu corpo se fez vivenda, e você se fez ali.
Deixei para trás meus disfarces e máscaras, e
Com seu pai me deitei nas verdades da noite.
A hora foi propícia, mas jamais entenderei como,
A noite era bela, mas não mais que outras noites,
Foi nesse dia que você, ali, se inventou... e eu lembro.
Não de você, mas me lembro daquele quarto crescente.
Desde que você mora aqui que eu não sinto o meu vazio.
Você me leva embora, à noite, pelas mil veredas de Morfeu.
E me detém lá, onde enxergo os meus medos... e me olha.
E faz eu olhar para mim e ver meu oceano de coragem.
Eu já vi seus pés, seu rosto, seu corpo, suas mãos,
Agora vivo a farejar, procurando seu cheiro, filha,
Minhas mãos agarram o nada, te procurando no ar.
E o Tempo é todo meu, para tocaiar suas arte-manhas.
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