hj eu só queria isso aí...



fim de semestre, vai dando uma canseira, vai dando um sei-lá-o-quê
eu fico meio aérea, meio sem me importar com muita coisa
isso é bom, é uma sensação de que não vou sentir nada mais
mas ao mesmo tempo, o que é muito bom,
eu também não sinto com a intensidade usual.
provas corrigidas, meus dedos lançam as notas no sistema,
eu mais pareço um robô cibernético...
as pessoas fazem comentários idiotas e eu nem me irrito e nem rio.
tanto faz, é uma sensação de "ah, ta, vai brincar de idiota ali, ó"
eu tenho vontade de dar aula sentada numa rede que balança, e eu só monitoro as discussões.
todo mundo foi meio bem,
os que não foram tão bem nas provas já tão na monitoria desde agora.
evito encheção de saco a torto e a direito
sem a mínima paciência para o complexo de superioridade.
sem o mínimo saco para o complexo de inferioridade.
não to afim de nada, quero ficar quietinha, não quero falar nada com ninguém,
quero ler meus livrinhos e sofrer sozinha, tudo culpa do dia 18
o dia do matadouro, o dia da guilhotina, o dia do desespero.
medo, terror e pânico. pesadelos noturnos.
como uma mariposa ao contrário eu me recolho num casulo imaginário.
não quero conversar. não quero nada disso... (vou tirar os sisos amanhã, to nem aí).
vou pra guilhotina dia 18, to com medo, muito medo, to com vontade de chorar.
e não adianta ninguém me falar nada. quem tem que me falar sou eu.
e esse tipo de coisa eu não falo. a família desespera.
o amor desespera também. meu estado de ansiedade afeta todo mundo que eu amo.
vou me fechar bem quietinha. vou me fechar bem segura, bem quentinha.
quem sabe não me acalmo?
quem sabe?
a verdade é que a única coisa que eu queria era jogar tudo pro alto e ir morar no Rayuela.

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Amora do meu coração: eu acredito em você. Tenho a maior fé.

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