Buenos Aires
Gente, a viagem foi tudo e mais um pouco.
Eu simplesmente achei tudo muito fofinho lá em Buenos Aires.
É uma cidade bem grande, tudo o que se espera de uma capital antiga.
Prédios antigos muito bonitos, aquele centrão movimentado, fácil de encontrar tudo.
Tem muita gente nas ruas, muita mesmo, muita gente miserável como tem aqui.
Isso eu não sabia, não imaginava e como nós, eles merecem que essa situação mude.
As pessoas tem que poder viver com dignidade nas belas cidades, senão nada adianta.
Aproveitamos tudo. Foi uma delícia, uma verdadeira lua-de-mel.
A lua-de-mel com gostinho de Europa mais em conta do mundo!
Mesmo não sabendo falar español, até arriscamos e nos demos muito bem.
O Fred no segundo dia já acordou falando "Mi amor, vamos despertar?"
Algumas confusões de entendimento, mas nada que durasse mais de 30 segundos
para consertar. Que povo musical como nós! Que língua fascinante!
Os bairros, realmente são muito interessantes e o tempo que eu investi estudando tanto
sobre a viagem realmente fez efeito, eu sabia pra onde virar nos lugares certos,
em lugares que nunca pus os pés! Foi muito bom ter uma compreensão maior.
Encontramos minhas amigas lindas e visitamos o Gaspito, que pelo visto está muito bem por lá.
Conhecemos pessoas agradáveis e interessantes durante esses 10 dias e as nossas aventuras
de cafés e beijinhos no metrô e correria nos aeroportos, duty free e tudo o mais foram um deleite.
Eu recomendo Buenos Aires para quem tá afim de dar um tempinho pra descansar e sair do Brasil
sem gastar muito.
O hostel que ficamos era um chuchuzinho, maravilhoso, pequeno, perfeito pra casal, e a nossa cara.
Muito rustiquinho, com um quê de podrão nos lugares certos, como o bar e o hall de música.
Um elevador daqueles de filme de terror cuja porta é uma sanfona, eu me diverti muito!
O quarto muito limpo e arrumadinho, com cheirinho bom, um chuveiro delicioso super forte!
Estávamos no centrão mesmo, a 3 ruas da Plaza de Mayo, que é como a Trafalgar Square de BA.
Cheio de turistas e de gente que trabalha ali pertinho, dando um tempo num lugarzinho legal pra fumar,
beber um cafezinho ou qualquer coisa do tipo.
O Caminito é realmente um tesourinho, tem que ver, é lindo, muy guapo!
O melhor lugar de BA pra comprar lembrancinhas a um preço reasonable.
E as fotos? Ahhh, as fotos... os parques, Palermo, o bairro verde.
Uma delicinha, e Puerto Madero realmente é uma orla deliciosa de se passear, entrar em lojinhas ou curtir um visu de vegetação muito diferente na Reserva Ecológica.
O Jardim Botânico foi um dos lugares que eu mais gostei, eles cuidam de gatinhos de rua lá.
Um bairro do qual eu esperava mais identificação é San Telmo, achei que eu ia desmaiar nas lojinhas
que vendem os artigos no Marché aux Puces que tem no domingo, mas pelo passeio que dei nas lojas,
realmente para compras de artesanato e arte local, eu prefiro a Rua Peru mesmo.
Achei San Telmo e suas lindas quinquilharias ligeiramente... não, não, é legal, vai!
Muito legal a casa que o Gaspa mora e cada habitante daquele lugar, um grupo muito rico.
O Museu de Belas Artes é imperdível! Mais que todos os outros que a gente foi.
O Teatro Colón é um charme, mas não entramos, e por fora, a construção que mais me
deixou boquiaberta foi a Faculdade de Direito que fica do Lado da Flor de Metal que abre e fecha.
Quem ainda não foi pra BA e quer ir, pode falar com a gente que temos tudo arquivado, as dicas,
os sites, a pesquisa de preços de 2010 e muitas dicas de economia e de Casas de Câmbio que não nos
roubaram em nenhum centavo. Sobre os argentinos em si, é exatamente o que eu imaginei, um povo
caloroso como qualquer povo latino, isso eu prefiro em 100% das situações e sim,
malandragem com tentar passar a perna tem lá como tem em vários lugares do mundo, inclusive aqui.
Garçons tentando cobrar a mais, MUITOS LUGARES NÃO TRAZEM CONTA POR ESCRITO.
Taxistas que dão voltas a mais pra sair mais caro, gente que fala rápido para causar uma confusão
no entendimento e você ter que desisitir da discussão e falar "ok".
São loucos. Em um aspecto apenas. Admiração de seus ídolos.
A gente tem ídolos, mas temos mais bom-senso. E bom-senso é sempre agradável. Sempre.
Gosto de brasileiro que diz "o Pelé foi um grande jogador, mas ele foi muito safado nisso e naquilo."
Também gosto de quem fala do Getúlio, bem e mal e não acha que ele é da família.
Lá todos os ídolos são da família e eu tenho certeza que o sentimento é por aí.
Bairrismo para todos os lados, muito interessante e engraçado.
Gostei do bairrismo deles, é divertido.
Gostamos de nossos ídolos mas não os mistificamos. Não damos poder de entidade religiosa.
E sim, to generalizando. Maradona, Gardel e os Perón não são tudo o que eles pensam.
Entendo a coisa de ídolo, eu respeito essas pessoas por suas profissões, como respeito meus ídolos.
Não sei explicar o que estou tentando dizer.
Tem que ser brasileiro e agir normalmente e viver o que eu to falando,
todo mundo vive, ta escrito em qualquer blog de dicas de BA.
Tem que ir lá e vivenciar situações e ficar com o queixo caído.
Para mim essa foi a melhor sensação. Ver de onde eu vim.
Eu já sabia, eu sou brasileiríssima, to aqui desde os 4 anos.
Brasília me constituiu como pessoa e eu tenho muita alegria quando penso nisso, sou do Brasil,
sou de Brasília e carrego isso pra onde eu vou, eu amo minha terra.
E gosto de ver como as pessoas reagem a isso.
Quando os argentinos perguntavam de que parte do Brasil eu era, eu sentia um quentinho,
uma dorzinha gostosa no peito e na garganta e dizia com um sorriso "Brasília.", devagarinho, para eles ouvirem direitinho.
"Ahhhhhhhhh, la capitaaaaaal!"
Como isso me deixava feliz, como a conversa desenrolava
de uma forma prazeirosa depois desse barulho dessa frase.
Obrigada, argentinos, por todas essas sensações.
E por todos os cariños, de tantas e tantas vezes em 10 dias vcs colocarem música brasileira
para nos recepcionar, para nos emocionar.
E viva a Argentina! Viva!
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