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"...Annette Kolodny concorda com essa explicação, pois em seu texto Dançando no campo minado: algumas observações sobre a teoria, a prática e a política de uma crítica literária feminina, ela especula sobre o que teria acontecido, se 10 anos antes da escrita de seu texto, alguém tivesse definido a crítica literária feminista, se essa pessoa saberia que a questão envolvia expor os estereótipos femininos tanto na literatura quanto na teoria/crítica literária e se demonstrariam a inadequação das escolas e dos métodos de ensino para tratar a escrita feminina.
Ao longo do curso, percebo que a história da literatura feminina é tão cheia de vácuos e silêncios e opressão que muitas autoras trabalham com essa especulação: “e se...?” o que me faz pensar muitas vezes como foi que chegamos até aqui nessas condições de significação, expressão e liberdade (ou falta de todas elas), como foi que o mundo conseguiu seguir este percurso até se tornar o mundo onde nasci, onde bebês meninas nascem e são (mesmo com pequenos detalhes que mudam lentamente demais) ensinadas a viver e habitar nele, com sonhos de consumo e desejos amorosos ensinados, programados, como se fôssemos as  próprias bonecas que manipulamos na infância, sendo no imaginário social o que se adequar melhor, até que de repente, algum estalo acontece e nos percebemos já crescidas dentro desses parâmetros, com duas opções: questioná-los ou não..."

(fichamento marcante  - Leal, V./ Kolodny A./Allegro de Magalhães. I & Engelmann)


Comentários

Adélia disse…
Eu escrevi algo parecido no meu fichamento... são tantos silêncios que muito da teoria acaba tocando no E SE...
Dandalunda disse…
Adélia-LINDA, nossa mulher poesia maravilhosa! que honra ter vc comentando aqui! <3

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