"É um extremismo terrorista"
(...)
"É um extremismo terrorista. Explodiremos civis.
Durante desentendimento, mobiliza-se a genealogia
da imaginação para escandalizar de novo. Carro de som, heli-
cóptero, arranjos suicidas pela janela. Não é permitido ficar
quieto, parado, para conversar a respeito. A conversa demora.
No namoro, não existe como ser egoísta. Egoísmo se deixa
na portaria. É pensar pelo outro, com o outro, como o outro.
É ter uma lista de compra de mercado na ponta da língua,
junto com o chiclete de melancia: qual a pasta de dente que ela
usa, o xampu, o condicionador, o azeite, o leite que toma, o
suco... Desconhecer a geladeira da namorada é passagem direta
para o congelador."
(...)
(Carpinejar, em Mulher Perdigueira)
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