na capital


a vida da cidade no cerrado continua
o gavião ainda ta aqui em cima do apê
e o som dos carros na pista molhada
alegra tanto quanto o cheiro da chuva
azulejos Bulcão choram lama nos prédios
e ela voltará a ser pó na próxima seca
o pau-cigarra chega até o sexto andar
abre um buquê na nossa janela aberta
permitindo suspiros de alívio em casa
chega ao fim a temporada Tempestade
chega ao fim o inferno astral da idade
abre espaço para um futuro discreto e 
ardiloso, da seca que se vai, precoce,
e da mulher que serei no fim de tarde.

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